ESTRASBURGO,
França (AP) -- A Corte Européia de Direitos
Humanos, reunida nesta segunda-feira, classificou
como uma violação a proibição imposta pela
Grã-Bretanha à presença de homossexuais nas
Forças Armadas.
O tribunal
se pronunciou a respeito de três homens e de uma
mulher que foram dispensados das Forças Armadas
depois que admitiram sua orientação sexual. Segundo
a Corte, o veto britânico violou o Artigo 8 da
Convenção Européia sobre Direitos Humanos, o qual
defende o direito ao respeito pela vida particular e
familiar.
"A
Corte considerou que as investigações (das Forças
Armadas) e, em especial, as entrevistas com os
queixosos foram excepcionalmente abusivas",
declarou o tribunal através de um comunicado.
"As
investigações sobre a orientação sexual dos
queixosos e seu conseqüente desligamento das Forças
Armadas constituíram interferências especialmente
graves em suas vidas particulares", acrescentou.
O veredicto
da Corte Européia não pode obrigar uma mudança nas
leis britânicas, mas os queixosos o receberam como
mais um passo visando a acabar com a discriminação
nas Forças Armadas.
O
secretário de Defesa George Robertson anunciou que
outros casos pendentes que envolvem homossexuais nas
Forças Armadas britânicas ficarão à espera do
estudo que o Governo fará sobre as implicações do
veredicto da Corte Européia.
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